domingo, 8 de junho de 2014

A coisa - Alan Dean Foster (Parte 12)




— Você não pode. Você não pode fazer isso! — Fuchs estava gritando dentro da noite.
Estava muito escuro lá fora. O vento tinha diminuído de intensidade, e não havia neve no ar para obscurecer a visão dos homens fortemente empacotados, marchando para fora do complexo. Seu propósito era igualmente claro.
Macready e Cooper jogaram os dois cadáveres em uma área limpa de terra. Childs inverteu a grande lata que estava carregando e encharcou os dois corpos. O cheiro de gasolina era forte no ar perfeitamente limpo. Ele utilizou todo o conteúdo da lata, agitando as últimas gotas sobre os corpos rígidos.
— Você não pode fazer isso — Fuchs estava discutindo violentamente com seus companheiros. — Você não pode queimar os últimos restos! 
Ele estava fora de si com uma mistura de frustração e fúria. Mas não sabia o que fazer quanto a isso.
Childs colocou a lata de lado e pegou a grande tocha industrial, enquanto Macready esvaziava o conteúdo de uma segunda lata sobre os corpos.
— Fim de festa, Fuchs.
O piloto deu um passo para trás e jogou a lata vazia na escuridão. — Acenda — disse para Childs.
O mecânico ativado a tocha. Fuchs foi em direção a ele, de repente determinado.
— Não vou deixar isso acontecer.
Childs lutou com ele por um momento, em seguida, jogou-o de lado. Cooper interceptou Fuchs irritado e sentou-se no peito do jovem.
— Acalme-se, são as ordens, Fuchs! Isso é necessário.




Houve um rugido na penumbra quando a tocha ganhou vida. Sem hesitar, Childs virou o jato de chamas em direção aos cadáveres. Eles explodiram de forma impressionante quando o fogo os tocou, derretendo a neve em torno dos corpos que ardiam furiosamente. O mecânico manteve a tocha sobre eles, mesmo após a gasolina se consumir.
Fuchs estava na neve e virou a cabeça em desgosto.
— Eu simplesmente não posso acreditar nisso! A maior descoberta biológica em centenas de anos, e vocês a incineram até a última célula. Nós vamos parar nos livros, como o maior bando de idiotas da história científica.
— Foda-se a história — disse laconicamente Macready observando os corpos queimam. — Eu prefiro morrer como um velho ignorante, a ser um brilhante zumbi.
Ele olhou por cima do ombro para o biólogo assistente, com uma expressão sombria.
— Não espero qualquer atitude científica de você, Macready. Mas sim do Sr.Blair e Norris.
Ele olhou para o homem sentado em seu peito, um olhar magoado no rosto. — E de você também, doutor. E você se intitula um cientista.
— Não, eu me intitulo de médico, mas tenho alguns projetos próprios de pesquisa também. Minha principal preocupação, no entanto, tem que ser a saúde dos homens desta estação. É por isso que eu concordei com a decisão de Blair em destruir todos os últimos remanescentes dessa coisa.
 Levantou-se e deu ao jovem uma mão para levantar-se. Fuchs limpou o gelo das costas e das pernas das calças, sem dizer nada.
— Sinto muito, Fuchs — o médico continuou — às vezes você tem que ficar satisfeito só de saber que o veneno de cobra é mortal. Nem sempre é eficaz estudar uma cobra cara a cara. Você tem que equilibrar o que você pode aprender, contra a chance de ser picado.
Childs finalmente apagou a tocha. Os cadáveres continuaram a arder por mais alguns minutos.
Quando começaram a voltar para o complexo, já não havia quase nada para se ver,  somente um pouco de pó fino e alguns fragmentos de ossos carbonizados...



Blair estava coletando amostras de sangue dos três cães saudáveis ​​que permaneceram no canil. Ele já havia verificado os enjaulado na enfermaria. Perto dali, Clark servia o jantar. O canil parecia vazio, com apenas três habitantes e a melancolia do adestrador era palpável.
O rosto de Blair refletia pensamentos conflitantes desde que entrara no canil. Algo o estava incomodando.
— Diga, Clark, você notou alguma coisa estranha sobre esse cão norueguês? Eu sei que era uma imitação perfeita do verdadeiro cão, mas não havia qualquer coisa que despertou a sua curiosidade? Qualquer coisinha?
Clark terminou limpando as mãos enquanto pensava na pergunta do biólogo. Os três animais sobreviventes se juntaram ao redor no comedouro, brigando e lutando por uma melhor posição, com o seu entusiasmo habitual. A ausência de seus companheiros parecia não lhes dizer respeito.
— Não. Só que ele se recuperou bem rápido. Naquela noite, quando o encontrei na sala de recreação, ele já tinha arrancado o curativo. Eu tratei a ferida antes de colocá-lo com os outros. Notei que tinha sarado bastante bem, mas eu não achei que foi nada de extraordinário, não no momento, de qualquer maneira.



Blair estava de repente curioso. — Você disse que o encontrou na sala de recreação naquela noite?
O adestrador se moveu em direção ao comedouro em forma de calha e carinhosamente brincou com as orelhas de um dos cães.
— Sim.
— O que ele estava fazendo na sala de recreação?
— Depois que cuidei dele, pensei em deixá-lo descansar um pouco. Seria traumático empurrá-lo para um canil cheio de novos companheiros. Saí da sala um pouco, e quando voltei, ele tinha ido embora.
— Bem, onde ele estava?  — O biólogo soou engraçado, como se cada palavra fosse um esforço. — Para onde ele foi?
Clark deu de ombros.
— Sei lá. Procurei por um tempo, mas não consegui encontrá-lo. Imaginei que ficaria bem. Ele não podia ficar lá fora. Por isso não me preocupei com ele.
Blair hesitou por um momento, e então perguntou: — Está dizendo que ele não foi colocado no canil até tarde da noite?
Algo na expressão do biólogo fez Clark subitamente desconfortável. — Bem... sim, é isso.
Blair parecia ter esquecido seus instrumentos, os testes, os dois frascos pequenos cheios de sangue fresco e vermelho.
Esquecido tudo, exceto Clark.
— Quanto tempo você ficou com o cachorro? Sozinho, eu quero dizer.
— Ah...ele estava muito ferido. A bala cortou a artéria do quadril. Não posso dizer com certeza. Uma hora, talvez uma hora e meia. Blair ficou olhando para ele. — Porque diabos você está me olhando assim?
— Não há razão — o biólogo murmurou ‘nada’, saindo do canil.
Quando desapareceu pelo corredor, Clark, perplexo, voltou-se para os seus animais, balançando a cabeça.
— O que vocês acham que deu nele?



Blair finalmente localizou o gerente da estação andando pelo corredor perto da entrada sul principal. Ele teve que se apressar para alcançar Garry enquanto se dirigia para o posto de comunicação. O rosto do biólogo estava pálido, sua expressão cheia de preocupação.
— Eu estou dizendo a você, que, no tempo em que ficou vagando pela estação, poderia ter infectado alguém. E eu não estou falando de um dos cães que sobreviveram.
— Temos alguém doente?
— Não, não, eu não quero dizer este tipo de infecção. Você sabe muito bem o que quero dizer.
Garry parou fora da porta da sala de comunicações. Diferente do normal, cada peça de equipamento no interior estava ativa, incluindo o operador.
— Alguma sorte?
Sanders encolheu os ombros, olhando para os dois homens no corredor. — Nada de McMurdo, se é isso que você quer dizer. Captei alguns segundos de discoteca de uma estação argentina.
Garry tentou esconder sua decepção. — Bem, continue tentando. Quero você nisso 24 horas. Peça a Cooper para receitar algo para você, se precisar. Temos que conseguir alguma ajuda!
— Não, não! — Blair disse alarmado. — Não pode trazer qualquer um aqui. Aquele cachorro esteve por todo o acampamento.
Garry franziu o cenho para ele. — Você mesmo disse que não entende o que está acontecendo aqui, e que precisa de um equipamento mais moderno e de aconselhamento com um especialista. Não é nada pessoal, mas...
— Ao inferno com isso, eu não dou a mínima para isso! — Blair gritou: — Estou lhe dizendo que não podemos...
Bennings virou a esquina, interrompendo-os. Enquanto falava, acenava com um gráfico complexo, repleto de símbolos meteorológicos, rabiscado às pressas. Setas e leituras em milibares cobriam o continente tão completamente quanto o gelo.
— O que você tem aí? — Garry perguntou.
— Janelas para viagens, amanhã pode ser o dia — disse o meteorologista. — Mas depois disso, para nordeste, será bastante desagradável. É o inverno. Poderemos ficar presos por vários dias.
— Maldição — uma nova voz se juntou a deles, acompanhada por uma rajada de ar gelado quando a porta no final do corredor se abriu e Fuchs veio de lá — a descoberta do milênio, matéria para qualquer revista, talvez até um Nobel...
Ele olhou acusadoramente para os outros. — Tudo jogado fora em um momento de pânico.
Childs tirava as pesadas luvas de exterior. Já tinha guardado a tocha. Macready e Cooper passaram por ele. O piloto do helicóptero percebeu Garry encarando-o com um misto de ansiosamente e balançou a cabeça uma vez.
— Tem certeza?
Macready desabotoou o casaco exterior. — Nada além de resíduo, chefe.
Garry acenou com aprovação. Blair puxava-o pelo braço. — Ouça Garry. Por favor, você tem que...
Mas o gerente da estação conversava com Macready.
— Se o tempo abrir antes de Sanders poder contatar alguém, eu estou mandando você e o doutor até McMurdo.
— Não! — Blair estava horrorizado. — Você não pode deixar ninguém sair do campo!
— Não irei a lugar nenhum se tivermos mais de quarenta nós, Garry! Especialmente até McMurdo.
— O cacete que você não vai, Macready!
Blair se colocou entre eles, desesperadamente tentando ganhar a atenção do gerente.
— Você não entende? O que eu disse mais cedo não fez sentido para você? Aquela coisa tornou-se um cão porque precisava fazê-lo. Porque não havia qualquer outra coisa disponível no momento. Ele não queria se tornar um cão.
Garry girou para ele, com seu autocontrole de ferro, finalmente quebrando-se.
— Maldito seja, Blair ! Você já espalhou a histeria por aqui. Por que não cala a boca por um tempo? Lembro-me do que você disse e acho que entendo as consequências, bem como qualquer outra pessoa. Mas eu sou gerente da estação, e tenho que tomar decisões difíceis! E é minha decisão que precisamos de alguma ajuda especializada aqui, e quanto mais cedo melhor. Sinto muito se isso não se enquadra com as suas teorias pessoais, mas por favor, tenha em mente que eu tenho que fazer o que eu acho que é melhor para todos os envolvidos, e isso é só o que eu vou fazer.
— Você não pode deixar ninguém sair! — Blair insistiu enfaticamente. — Não pode!
— Olha, eu estou farto de todo este negócio! Eu tenho seis noruegueses mortos em minhas mãos, uma estação de pesquisa pertencente a uma nação amiga e destruída, um disco voador queimado, e de acordo com Fuchs, eu cremei a descoberta científica do século. Como você acha que eu me sinto? Agora vá se danar!
Virou-se deliberadamente longe do biólogo e retomou a sua conversa com o Macready.
Blair ficou em silêncio, pálido, e mais do que isso. Ele estava apavorado.



Era profunda a noite fora da estação, o céu obscurecido por nuvens rápidas, tal qual arautos da tempestade que Bennings prevera. As estrelas não brilhavam através das nuvens, nem mesmo via-se a bela aurora decorando o céu com seus delicados tons pastel.
Não havia qualquer som, exceto o vento e o tamborilar de partículas de gelo contra o tapume de metal corrugado. Um reflexo fraco de um relâmpago distante, momentaneamente deu aos prédios do acampamento uma silhueta fantasmagórica.
Era aconchegante e quente dentro da barraca de Macready. O brilho da única lâmpada iluminava igualmente as pinups nuas e os berrantes cartazes de viagem.
No momento o piloto estava inclinado sobre a mesa, colocando cuidadosamente um minúsculo parafuso no lugar, em seu recentemente consertado, tabuleiro de xadrez.
Do outro lado da mesa, a peituda companheira inflável ocupava a outra cadeira. Uma silenciosa e ideal parceira de xadrez, não falava nem consumia seu estoque secreto de bebida. O sombreiro pendurado em suas costas mantinha-a no lugar. Música havaiana, tão autenticamente polinésia como os Volkswagens de Waikiki, fluía melodiosamente do aparelho de som.
— Tudo certo — sussurrou para sua companheira. — Eu já estava ficando doente com aquele tabuleiro que eles têm na sala de recreação.
Colocou a chave de fenda de lado, ergueu o copo e ofereceu um brinde com um sorriso largo no rosto.
— A nós, minha querida.
A figura inflável moveu-se ligeiramente no ar quente que soprava do aquecedor de parede. Tocou seu copo contra aquele preparado para ela, em seguida, tomou um longo gole.
Uma luz vermelha de ‘pronto’ piscou no tabuleiro e ele soltou um grunhido de satisfação.
— Agora pegue leve comigo, Esperanza. Lembre-se que sou apenas um iniciante. E lembre-se do que aconteceu da última vez.
Fez seu primeiro movimento.
A máquina respondeu por Esperanza, cujos lábios de plástico inchados não conseguiam se mover.
— Peão para bispo, rainha quatro, torre para peão, rainha dois, torre para rainha, rainha um. Xeque-mate, mate, mate.
— Ah, merda!
Macready desligou o aparelho e ergueu o painel que escondia o complexo circuito impresso. Uma chave de fenda e vários componentes eletrônicos estavam jogados em cima da mesa, sem qualquer consideração para as peças retiradas. Macready pegou sua bebida e sumariamente bebeu o resto do conteúdo âmbar.
— Lamento, querida — se desculpou com a diva de plástico. — Vamos tentar novamente em alguns minutos. Primeiro, lubrificaremos o seu adversário.
Estendeu a mão para alcançar dentro do balde de gelo nas proximidades e trouxe os dedos para fora, gotejando.
— Acabou o gelo — murmurou desconsoladamente. Empurrou para trás a sua cadeira, levantou-se resignado e se dirigiu para a porta. Uma pequena picareta de gelo, dada por Norris, para escavações mais importantes, estava pendurada em um gancho.
O piloto segurou o instrumento e destrancou a porta. Deixou o vento soprar para dentro, antes de chutar a cunha na base da porta.
Cinco minutos lá fora, na noite da Antártida, vestindo roupas leves como aquela e você congelava até a morte. Mas ele ficaria fora por um minuto. Um grande banco de gelo subia contra a lateral da cabine. Começou a lascá-lo, segurando o balde de gelo por debaixo.
A parte de trás do seu pescoço já estava dormente.
— No México, no Taiti, eles não ficam sem gelo. Eles têm gelo saindo pelas orelhas. 
O gelo estava sendo teimoso.
Ah, Taiti, pensou consigo mesmo enquanto trabalhava, tentando aquecer-se com as memórias. Agora mesmo havia uma vaga para um piloto de helicóptero. Para um serviço como aquele que ele tinha, durante um ano, até que uma briga com o dono do serviço de voo panorâmico tinha terminado o relacionamento, e o forçado a buscar outro emprego.
Verde e quente Taiti. Nada de cobras ou escorpiões, muita comida boa, muitas turistas balzaquianas, querendo companhia e consolo (porque as mulheres locais eram todas casadas ​​ou noivas, apesar do que os folhetos de propaganda sugeriam). Flores e calor o ano todo. O paraíso, se não fosse o francês...
Um tilintar interrompeu seu devaneio. Franziu a testa, afastando-se do banco de gelo. Seus dedos estavam um pouco dormentes nas pontas, mas isso não o incomodava. Não tinha estado exposto o tempo suficiente para serem danificados. Empurrou o gelo no balde e deu um passo em direção à porta aberta.
Ouviu novamente, metal esfregando contra metal. Era preciso um verdadeiro idiota para trabalhar fora à noite. Às vezes as dobradiças da porta, no edifício principal falhavam, seu óleo lubrificante especial congelava ou um vazamento minava o fluido anticongelante. Nesse caso, a porta poderia congelar fechada, prendendo alguém de fora.
Macready hesitou. Provavelmente o sistema elétrico falhara. Acontecia muito. Mas esse tipo de dano era quase sempre reparável ​​de dentro, a salvo das intempéries.
É claro que alguém poderia ter ficado entediado com as atrações da sala de recreação e decidiu executar uma verificação particular do equipamento ou um experimento. Talvez Childs, ou mesmo um Norris insone com seus sismógrafos.
Se a porta tivesse deixado um de fora, poderia estar batendo para alertar alguém de dentro. Mas se os outros estavam em seus quartos ou na área de lazer, bem, o vento era forte e seria difícil ouvir alguém à porta.
Droga. Logo quando ele e Esperanza estavam se conhecendo melhor. Bem... a senhora teria que esperar.
Entrou novamente na barraco,  removeu a cunha e empurrou a porta. Colocar o gelo de lado, se meteu em suas roupas pesadas e tomou um último gole. Saiu e cuidadosamente fechou a porta atrás dele.
Utilizando as cordas guia encaminhou-se para o edifício principal. A neve deslizava através das tábuas da passarela.
Houve novamente um som, perto da parte traseira da estrutura principal. Mudou de direção e depois parou. O barulho desapareceu e não se repetiu.
Amaldiçoou em silêncio. Saíra a esta hora da noite para nada.




Virou-se em um círculo lento na escuridão. Os contornos escuros dos dois helicópteros brilhavam a luz dos holofotes externos. Teve uma ideia repentina.
Talvez o barulho que ouviu não fora causado por ninguém. O vento estava soprando forte agora e ficando mais forte com a antecipação da tempestade. Era possível que um dos fios segurando os helicópteros no lugar tivesse se soltado.
A extremidade de um cabo ao vento causaria um som metálico batendo intermitente, como o que ele tinha ouvido.
Inferno. Os helicópteros eram sua responsabilidade. Enquanto estava vestido poderia muito bem fazer uma verificação rápida e se certificar de que tudo estava bem. Além do que evitaria um monte de problemas se algo tivesse se soltado, fixando-o agora antes da tempestade de inverno atingir de cheio o posto avançado.

Mudando de rumo, começou a seguir em direção as máquinas. Verificou os cabos de sustentação mais próximos. Tudo parecia apertado, os fios vibrando suavemente ao vento.
Seguindo ao redor do helicóptero mais próximo, percebeu que a porta da cabine estava aberta. Estranho. Também perigoso. Aproximou-se, e com cautela, abriu a porta.
A cabine estava vazia (claro que está vazia, seu idiota). Culpou Blair pela histeria. Era tudo culpa do biólogo, fazendo com que todos ficassem daquele jeito. Garry estava certo sobre isso. Imbecil estúpido. Devia manter suas loucas especulações para si mesmo.

Ligou a lanterna e examinou o interior do cockpit. A placa do painel de controle estava uma bagunça. Mostradores foram quebrados, a instrumentação em pedaços, o próprio console rachado em vários lugares. Fragmentos de ​​plástico no chão da cabine. As duas colunas de direção haviam sido dobradas. Fios expostos por toda parte, tanto cortados quanto desfiados. Suas entranhas de cobre expostas lembrou Macready, desagradavelmente, das coisas de formato de tendão que ligavam os dois cães.
Sem acreditar no que via, jogou o feixe da lanterna sobre a destruição, tentando avaliar a extensão dos danos.

Em seguida, outro som inesperado interrompeu-o.

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