domingo, 20 de abril de 2014

O Oitavo Passageiro - Alan Dean Foster (Parte 21)







XI


Havia menos confiança agora nos rostos de todos eles quando se reuniram no cassino dos oficiais. Ninguém procurava esconder isso e muito menos Ripley e Parker.
Tendo visto cara a cara o perigo que os confrontava, só podiam temer.
Dallas estudava uma planta recente do Nostromo. Parker guardava a porta, olhando de quando em quando, nervosamente, para o corredor.

— Não sabemos exatamente como era, mas era grande — disse o engenheiro no silêncio geral. — Desceu sobre ele como um morcego gigante.
Dallas levantou os olhos do plano.
— Você está absolutamente seguro de que ele arrastou Brett para um respiradouro?
— Desapareceu com ele num dos canos de refrigeração — Ripley riscava as costas de uma das mãos com as unhas da outra. — Eu o vi, estou certa disso. De qualquer maneira não havia outro lugar, outra saída.
— Não resta dúvida — disse Parker. — Ele está usando o sistema de ventilação e refrigeração para se locomover. E foi por isso que não o localizamos com o rastreador.
— Os condutos de ar — Dallas parecia convencido — faz sentido. Jones também se esconde neles.
Lambert brincava com o café, mexendo a bebida escura com o dedo distraído.
— Brett pode estar vivo.
— Não — disse Ripley. — Não tem chance alguma estar vivo. — Ela não estava sendo fatalista, apenas lógica. — O bicho o puxou para cima como a um boneco de trapos.
— Para que, eu me pergunto? — disse Lambert. — Por que levá-lo, ao invés de matá-lo no lugar?
— Talvez precise de um incubador, como na sua primeira forma precisou de Kane — sugeriu Ash.
— Talvez precise de comida — disse Ripley concisamente. E estremeceu.
Lambert largou o café.
— De qualquer maneira, são dois fora do jogo e cinco ainda por derrubar, do ponto de vista do alienígena, quero dizer...
Parker girava e regirava o tubo elétrico nas mãos. De repente, virou-se, e lançou-o, com força contra uma parede. O tubo dobrou-se e caiu no chão com estrondo.
— Voto por cortarmos o filho da puta com o laser e agüentarmos as conseqüências.
Dallas procurou mostrar simpatia.
— Eu sei como se sente, Parker. Nós todos gostávamos de Brett. Mas temos de conservar a cabeça fria. Se a criatura é agora tão grande como vocês dizem, terá suficiente ácido no corpo para abrir um buraco do tamanho desta sala na quilha do Nostromo. Isso sem falar no que será capaz de fazer com os circuitos embutidos no casco, e são muitos. Não podemos correr tal risco. Ainda não.
— Ainda não? — a consciência da própria fragilidade anulava muito da fúria de Parker. — Quantos além de Brett terão de morrer antes que você saiba como enfrentar essa ameaça, capitão?
— Não adiantaria, Parker — interveio Ash.
O engenheiro voltou-se para fazer-lhe face e fechou a cara.
— O que quer dizer?
— Que seria preciso atingir um orgão vital com o laser e na primeira tentativa. Segundo a descrição que vocês dois fizeram, o ser é muito ágil, além de grande e forte. Será razoável presumir que conserva a mesma capacidade de regeneração rápida que o maniforme exibia. O que significa que ou a gente o destrói no primeiro momento ou ele cai em cima da gente.
— Já seria difícil fazer isso tendo um homem como adversário. Será humanamente impossível fazê-lo contra o alienígena por não sabermos onde estão os pontos vitais. Nem sequer sabemos se terá pontos vitais. Entende?
Ash procurava ser compreensivo, tal como Dallas tinha procurado, antes dele. Todo mundo sabia como eram chegados um ao outro os dois engenheiros.
— Pode imaginar o que aconteceria? Vamos dizer que dois de nós conseguissem confrontar a criatura numa área aberta em que fosse possível atirar nela, o que não é provável que aconteça. Usaríamos o laser, digamos, meia dúzia de vezes antes que ele nos despedaçasse a todos. As feridas cicatrizariam depressa, a tempo de preservar a vida do alienígena; mas não suficientemente depressa para preservar a nave, que ficaria cheia de buracos feitos pelo ácido. O fluido poderia queimar os circuitos que nos garantem ar respirável ou que alimentam as luzes, por exemplo.
— Você considera tal fantasia absurda? Pois eu não. Dado o que sabemos da criatura. Perderíamos mais dois homens e, em matéria de veículo, estaríamos pior do que estávamos antes de dar-lhe batalha.
Parker não respondeu. Parecia triste. Finalmente, resmungou:
— Então que diabos vamos fazer?
— O único plano que tem chance de êxito é o antigo — disse Dallas. E, batendo na planta da nave: — Descobrir em que tubo ele se esconde, forçá-lo a entrar na câmara de compressão, e lançá-lo no espaço.
— Mas como entrará? Já lhe disse que a criatura é grande — cuspiu com desprezo, nos restos da vara metálica que ele mesmo havia construído. — Não vamos conseguir tocar um gado daqueles com varas desse tipo...
— É a primeira vez que Parker tem razão, mas concedo-lhe o ponto. Porém, precisamos forçá-lo a ir para uma comporta, de onde seja possível ejetá-lo. Como?
Ripley correu os olhos pelo grupo.
— Acho que o departamento de ciências deve agora atualizar nossos conhecimentos sobre o intruso. Tem alguma idéia, Ash?
— Bem, ele parece estar adaptado a uma atmosfera rica em oxigênio. O que talvez tenha alguma coisa a ver com seu crescimento espetacular nesta fase.
— Nesta fase? — inquiriu Lambert? — Você acha que pode evoluir para outra coisa?
Ash abriu as mãos num gesto de desamparo:
— Sabemos tão pouco dele! Devemos estar preparados para tudo. Já se metamorfoseou três vezes: de ovo para maniforme, de mão para a coisa que saiu do peito de Kane e agora para essa forma muito maior e bípede. Não devemos crer que seja a fase final na escala da sua evolução — fez uma pausa e acrescentou: — A próxima forma poderá ser maior ainda e mais poderosa.
— Muito animador — disse Ripley. — Mais alguma coisa?
— Além de adaptar-se à nova atmosfera, adaptou-se também com certeza às condições de alimentação com que se viu confrontado. Pode viver com muito pouco, numa diversidade de atmosferas e, possivelmente, sem atmosfera nenhuma por tempo indefinido.
— Não sabemos nada, porém, sobre sua capacidade de suportar mudanças de temperatura. Está confortável aqui, no Nostromo. Considerando a temperatura média do mundo de onde proveio, o frio intenso não parece lhe fazer mal. Talvez a forma primitiva, de ovo, resistisse melhor ainda ao frio do que a atual. Há precedentes disso.
— Muito bem — interrompeu Ripley. — E se elevássemos a temperatura? O que aconteceria?
— Experimentemos — disse Ash. — Não podemos elevar a temperatura da nave inteira pela mesma razão pela qual não podemos tirar-lhe todo o ar. Não há reserva de ar suficiente em nossos trajes espaciais, a mobilidade é limitada, e total a vulnerabilidade quando nos congeladores, etc. Mas a maior parte dos seres teme o fogo. E não será preciso aquecer tudo.
— Poderíamos estender fios de alta voltagem de parede a parede em certos corredores e atraí-lo para um deles. Estaria literalmente frito — sugeriu Lambert.
— Lambert, não é com um animal que estamos lidando. Ou se é, trata-se de um animal muito sagaz. Não creia que vá entrar de cabeça em qualquer obstáculo como um fio ou qualquer outra coisa que obstrua a passagem num óbvio lugar de trânsito como um corredor. Sua argúcia já foi demonstrada pela escolha inteligente dos canos de ventilação de preferência aos corredores, para circular pelo Nostromo.
— Acrescente que certos organismos primitivos, como o tubarão, são sensíveis a campos elétricos. Pesando tudo isso, a idéia não presta.
— Talvez ele seja capaz de detectar os campos elétricos que nossos corpos geram — disse Ripley, sombriamente. Talvez seja assim que ele nos localiza.
Parker duvidava disso.
— Acho que depende dos olhos. É assim que as coisas geralmente são. Uma criatura tão engenhosa, tão cheia de talentos, provavelmente usa mais de um processo para seguir a gente e para saber o que se passa.
— De qualquer maneira não gosto da idéia de estender fios de alta tensão pelo meio da casa — disse Parker, muito vermelho. — Também não gosto dessas astúcias. Quando a coisa for atirada para fora da comporta, quero estar presente, quero vê-la morrer — calou-se por um momento, antes de acrescentar: quero vê-la gritar como Brett.
— Quanto leva para ligar duas ou três unidades de incineração? — perguntou Dallas.
— Vinte minutos. As unidades básicas já estão lá, no depósito. É só modificá-las para uso manual.
— E poderá torná-las realmente poderosas? Não podemos ficar na situação que Ash descreveu. Os lasers não nos bastam agora. Queremos algo que de fato detenha essa criatura.
— Não se preocupe — a voz de Parker era fria, muito fria. — Eu as fixarei de modo a que cozinhem tudo aquilo em que tocarem.
— Parece nossa melhor oportunidade — o capitão lançou um olhar à mesa. — Alguém tem idéia melhor?
Ninguém tinha.
— OK — Dallas afastou sua cadeira da mesa, levantou-se. — Quando Parker aprontar os lança-chamas, começaremos. Iremos daqui para a retaguarda da nave e para baixo, até o deque C e o depósito em que Brett foi atacado. De lá procuraremos localizá-lo.
Parker tinha suas dúvidas e ventilou-as.
— A coisa subiu com ele pela armação metálica do teto antes de entrar nos canos. Será muito difícil segui-lo naquelas alturas. Não sou nenhum macaco.
Olhou desafiadoramente para Ripley, à espera de algum comentário maldoso. Mas ela não fez nenhum.
— Quer dizer que prefere ficar sentado aqui e esperar que ela venha buscar você? — perguntou Dallas. — Quanto mais tempo nós o deixarmos na defensiva, melhor para nós.
— Exceto por uma coisa — objetou Ripley.
— E que é...
— Não temos certeza se a criatura esteve alguma vez na defensiva... — e enfrentou o olhar dele sem pestanejar.

Os lança-chamas eram mais maciços e pesados que os tubos elétricos e pareciam menos eficazes. Mas os tubos haviam funcionado como se esperava deles, e Parker lhes assegurava que os incineradores também funcionariam. Porém evitou todavia, de fazer uma demonstração. Os lança-chamas eram tão poderosos que poderiam chamuscar o convés. O fato de que também estava confiando sua vida àqueles artefatos era prova suficiente de sua confiança neles. Prova para todo mundo, mas não para Ripley que começava paranoicamente, a desconfiar de tudo e de todos. Sempre tivera, aliás, um grão de paranóia. E os acontecimentos recentes só poderiam agravar isso. Ela mesma começava a preocupar-se tanto com o que se passava na sua cabeça quanto com o alienígena. Naturalmente, tão logo encontrassem e matassem o alienígena, seus problemas mentais se desvaneceriam. Ou não?

Agrupados, num apertado nó de medo, os pobres humanos avançaram cautelosamente do refeitório até o nível B. Preparavam-se para prosseguir escada abaixo quando os dois rastreadores emitiram simultaneamente os mais frenéticos sinais. Ash e Ripley apressaram-se em desligar o som. Mas acompanharam as trêmulas agulhas por mais uns doze metros. Aí, um outro som, apavorante, se fez audível: o som de metal que se rasga.

— Calma — pediu Dallas. E apontou seu lança-chamas para o fundo do corredor. Os ruídos continuaram mais claros agora. Sabiam de onde vinham. — Do depósito de comida — disse baixinho aos outros. Lá de dentro.
— Escutem! — disse Lambert, pasma com o que ouvia. — Jesus, ele deve ser enorme!
— É grande — disse Parker, em voz baixa. — Eu o vi, lembre-se. Carregou Brett como se fosse...
Interrompeu-se no meio da frase. A lembrança de Brett sufocava qualquer desejo de conversa.
Dallas levantou a boca do lança-chamas.
— Há um duto que abre do lado de trás da dispensa. Deve ter entrado por ele — e, com um olhar para Parker: — Você tem certeza de que essas coisas funcionam?
— Fui eu mesmo que os fiz, não?
— É isso mesmo que nos põe em dúvida — disse Ripley.

Continuaram. Os sons também continuavam, à frente. Quando se viram a postos, diante do compartimento fechado, Dallas olhou para Parker, depois para a maçaneta da porta. Com alguma relutância, o engenheiro empunhou a pesada saliência. Dois passos atrás dele, Dallas aprontou o lança chamas.
— Agora!

Parker escancarou a porta e pulou para o lado. Dallas apertou o grosseiro botão que fazia o engenho funcionar. Um leque surpreendentemente largo de fogo cor de laranja encheu a entrada do depósito de comida obrigando todo mundo a recuar. Só Dallas, ignorando o calor intenso, que lhe queimava a garganta, avançou rápido e disparou outra rajada lá dentro. Depois, uma terceira. Estava agora em cima da soleira, que era alta, e tinha de contorcer-se um pouco para poder atirar para os lados.
Vários minutos foram gastos, nervosamente, à espera, do lado de fora. Cumpria aguardar que o calor diminuísse antes de entrar. Pois o calor era ainda tanto que tinham de andar com cuidado para não esbarrarem nas caixas de metal ou nas paredes, quentes como as de um forno.

O próprio depósito era uma ruína. O que o alienígena começara o lança-chamas acabara. Longas marcas negras podiam ser vistas zebrando as paredes, prova da potência concentrada do incinerador. O fedor de componentes de alimentos artificiais reduzidos a carvão, misturado ao dos invólucros plásticos queimados, era insuportável naquele espaço confinado. Mas nem tudo fora destruído. Intocadas pelas chamas havia por toda parte, evidências da ação do intruso. Pacotes de comida de toda espécie espalhavam-se pelo chão, abertos de maneiras nunca sonhadas pelos seus fabricantes.
Latas de metal sólido, que ainda se chamavam latas apenas por tradição, haviam sido descascadas como frutos. Ao que podiam ver, o alienígena fizera a maior parte da destruição. Pouco deixara para o lança-chamas.
De armas prontas, remexeram nos destroços. A fumaça era intensa e acre. Queimava-lhes os olhos. Mas a inspeção detalhada de todas as pilhas de suprimentos arruinados não produziu a descoberta. Desde que toda a comida usada no Nostromo era artificial e homogênea em sua composição, os ossos que encontrassem pertenceriam necessariamente ao alienígena. Mas a coisa mais próxima de ossos que acharam eram reforços de engradados e caixotes.
Ripley e Lambert quase se encostaram para descansar numa parede ardente. Lembraram-se em tempo, porém.

— Falhamos — disse a oficial de segurança.
— Então onde, diabo, está ele?
— Lá — disse Dallas.
Todos se voltaram para ele, que estava junto da parede enegrecida, atrás de uma pilha de plástico preto derretido. Com o lança-chamas, apontava para a parede.
— Foi por ali que fugiu.
Aproximando-se, Ripley e os outros viram o que o corpo de Dallas tinha ocultado: a esperada abertura do ventilador. A grade protetora que normalmente obstruía a entrada estava em pedaços no chão.
— É tempo de parar um pouco.
— O que está dizendo? — falou Lambert.
— Que isto poderia terminar o trabalho para nós. Esse duto comunica com a principal comporta de ar. Há só uma outra saída bastante grande no caminho da criatura, e nós podemos cobri-la. Então, o obrigamos a entrar na comporta e dali ela será atirada no espaço.
— Hum — disse Lambert, num tom que mostrava todo seu ceticismo. — Nada mais fácil, não é? Você terá apenas de entrar de gatinhas atrás dela, não errar o caminho nesse labirinto até encontrá-la face a face. Ai é só rezar para que a fera tenha medo de fogo.
O sorriso de Dallas ficou amarelo.
— A adição do elemento humano parece matar a simplicidade do plano, não? Mas deve funcionar. O alienígena tem medo de fogo. E essa é a nossa grande oportunidade. Desse modo, não temos de encurralá-lo e esperar que as chamas o destruam a tempo. Ele pode usar uma tática de retiradas estratégicas... mas só até a última comporta, a da destruição.
— Tudo muito bonito — concordou Lambert. — O problema é: quem irá atrás dele?

Dallas correu os olhos pelo grupo à espera de um voluntário. Quem se apresentaria para o fatal brinquedo de pegador? Ash era, de todos, o único com nervos de aço, mas Dallas não confiava nele. Além disso, o projeto em curso - descobrir um nulificador para o ácido da criatura — desclassificava-o como caçador n.° 1.
Lambert fazia-se de valente, mas perderia a cabeça, com certeza, numa prova daquelas, e mais depressa do que os outros. Quanto a Ripley, seria magnífica, mas só até o momento da confrontação. Não estava certo se ficaria petrificada ou não. Mas, e se ficasse? Não podia arriscar a vida dela. Quanto a Parker, ele sempre pretendia ser um duro... É verdade que nunca parava de reclamar. Mas executava, se preciso, qualquer trabalho pesado; e exatamente no prazo que lhe dessem. Por exemplo, os tubos de choque e, agora, os lança-chamas. Além disso, fora seu amigo que o alienígena levara. E ele conhecia os cacoetes dos lança-chamas melhor do que ninguém.

— Bom, Parker, você sempre desejou participação total e bônus de fim de viagem...
— Sim. E daí?...
— Entre no cano.
— Por que eu?
Dallas pensou em dar-lhe as várias razões. Mas decidiu simplificar a história.
— Quero que faça jus à sua cota, só isso.
Parker deu um passo atrás.
— Não adianta. Pode ficar com a minha cota. Pode ficar com o meu salário se quiser, todo ele. Meu salário desta viagem — e mostrando a boca do cano: — Eu não entro naquilo.
— Vou eu, então — disse Ripley.
Dallas encarou-a: ela acabaria por apresentar-se como voluntária, mais cedo ou mais tarde. Mulher estranha. Sempre a subestimara. Todos, aliás.
— Esqueça.
— Por que não?
— Isso mesmo, por que não? — perguntou Parker irritado. — Se ela está pronta para ir, por que não deixar que vá?
— A decisão é minha — explicou Dallas, tenso. Depois encarou a mulher, que tinha uma expressão de ressentimento e embaraço. Ela não entendia por que a tinha recusado. Bem, não fazia mal. Um dia, ele explicaria. Se pudesse explicá-lo primeiro a si mesmo.
— Bom — disse. — Você guarda a saída de ventilação. Ash, você me mantém aqui, e cobre esta saída, para a eventualidade de que ele fique de algum modo atrás de mim, ou passe através de mim. Parker e Lambert cobrem a saída lateral de que eu já falei.

Todos o olhavam com diferentes nuanças da mesma compreensão. Não havia dúvida sobre quem entraria no encanamento.


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