sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O Homem que caiu na Terra - Walter Tevis (Parte 10)



Às vezes parecia que ia enlouquecer, da mesma maneira que acontecia aos homens; e contudo era impossível, do ponto de vista teórico, que um antheano enlouquecesse.

Não entendia o que estava acontecendo, ou o que lhe tinha acontecido.

Haviam preparado-o para a extrema dificuldade da sua tarefa e fora escolhido por causa do vigor físico e da capacidade de adaptação. Soubera desde o inicio que podia falhar, que toda a situação era um risco enorme, um plano extravagante feito por um povo que podia não descobrir mais nenhum lugar para onde ir; e estava preparado para o fracasso.

Mas não para o que lhe sucedera, na realidade.

O plano em si correra muito bem — as grandes quantias em dinheiro obtidas, a construção da nave começada quase sem nenhuma dificuldade, a incapacidade de todos (embora acreditasse que muitos haviam desconfiado e ainda desconfiavam) em o reconhecerem pelo que era — e as possibilidades de sucesso achavam-se então muito próximas.

E ele, o antheano, um ser superior de uma raça superior, estava perdendo o controle, tornando-se um degenerado, um bêbado, uma criatura perdida e estúpida, um renegado e, talvez, um traidor de si mesmo.

Por vezes censurava Betty Jo pela sua própria fraqueza perante aquele mundo.

Como se tornara humano, para racionalizar daquela maneira!... Censurava-a por ele próprio ter se tornado um nativo obcecado por culpas vagas e dúvidas ainda mais vagas. Ela ensinara-lhe a beber gim; e lhe mostrara uma faceta intensa, comodista, hedonista e irracional da humanidade, da qual não se apercebera durante os seus quinze anos de estudos por meio de televisão.

Mostrara para ele uma atitude modorrenta, bêbada, que os antheanos não haviam conhecido, com que nem haviam sonhado, na sua terrível eternidade e sabedoria délficas.

Sentia-se como um homem que tivesse estado rodeado por animais relativamente amigáveis, frívolos e bastante inteligentes, e houvesse descoberto que os seus conceitos e relações eram mais complexos que o seu treino poderia tê-lo feito suspeitar. Tal homem poderia descobrir que, num ou mais aspectos da ponderação dos prós e contras e do julgamento, acessíveis a uma inteligência elevada, os animais que o rodeavam, ao exibirem as suas pretensões individuais, ao comerem a sua própria imundície, poderiam ser mais felizes e mais espertos que ele.

Ou seria apenas o caso de que um homem rodeado por animais, durante uma temporada suficientemente longa, se tomasse mais animalesco do que devia? Mas a analogia era injusta, não era correta.

Ele partilhava com os humanos uma ancestralidade que estava mais próxima do relacionamento vulgar numa família de mamíferos e criaturas cobertas de pelo, em geral. Tanto ele como os seres humanos eram criaturas articuladas, bastante racionais, capazes de intuição e das emoções negligentemente designadas como amor, piedade e respeito.
E como descobrira, capazes de se embriagarem.

Os antheanos conheciam o álcool, pelo menos um pouco, embora os açúcares e as gorduras desempenhassem um papel muito menos importante na ecologia do seu mundo. Havia um pequeno fruto carnudo e doce da qual se extraía uma espécie de vinho leve; álcool puro podia, é claro, ser sintetizado com muita facilidade, e, embora fosse bastante raro, um antheano embriagava-se uma vez por outra. Mas a embriaguez crônica não existia. Nunca, na sua vida, ouvira falar de alguém em Anthea, que bebesse como ele bebia na Terra — todos os dias, naquela altura, e com regularidade.
Sua embriaguez não era exatamente igual à dos humanos; ou, pelo menos, pensava que não. Nunca desejava ficar inconsciente, ou feliz, de forma a provocar confusão, ou bancar deus; apenas queria obter alívio e não tinha a certeza do quê. Jamais sofria de ressacas, fosse qual fosse a quantidade que bebesse. Estava sóbrio a maior parte do tempo.

Depois de deixar Bryce aos cuidados de Brinnarde, que o levaria para casa, entrou na sala de estar, jamais utilizada, e ficou de pé, em silêncio, desfrutando a frescura e a tranquila obscuridade. Um dos gatos desceu indolentemente de um sofá, espreguiçou-se, aproximou-se dele e começou a esfregar-se contra a sua perna e a ronronar. Olhou-o com afeto: aprendera a adorar gatos. Tinham uma faceta que o fazia lembrar Anthea, embora não existisse lá qualquer animal que se parecesse com eles. Mas também não pareciam pertencer à este mundo.
Betty Jo saiu da cozinha, com um avental. Olhou para ele sem falar, com os olhos meigos, e então disse:

— Tommy?

— Sim?!

— Tommy, o Mr. Famsworth ligou-te de Nova Iorque. Duas vezes.

Ele encolheu os ombros.

— Ele liga quase todos os dias, não?

— Sim, liga, Tommy. — Sorriu suavemente. — De qualquer forma, disse que era importante e que devia telefonar-lhe.

Ele bem sabia que Famsworth lutava com problemas, mas estes teriam que esperar um pouco. Não se sentia com coragem para tratar deles, naquela altura. Olhou para o relógio, era quase cinco horas.

— Peça a Brinnarde para me preparar uma chamada para as oito — ordenou. — Se o Oliver ligar outra vez diz que estou ocupado e que lhe falo às oito.

— Tudo bem. Quer que me sente com você? Quer conversar?

Ele viu a sua expressão, o olhar cheio de esperança que sabia significar a sua dependência dele, tão grande como a sua em relação à companhia dela. Que companheiros estranhos se haviam tornado! Todavia, embora soubesse que Betty Jo estava tão só como ele próprio, e que partilhava a sua sensação de alienação, sentia-se incapaz de lhe garantir o direito de se sentar junto dele em silêncio. Sorriu tão amavelmente quando pôde.

— Desculpa Betty Jo. Tenho de estar sozinho um pouco.

Quão difícil aquele sorriso tão praticado tinha se tornado!

— Claro, Tommy. Tenho de voltar para a cozinha. — À porta, virou-se. — Me avise quando quiser jantar.

— Ótimo.

Dirigiu-se para a escada e decidiu utilizar a cadeirinha-elevador, a qual não se servira durante semanas. Começava a sentir-se cansado. Quando se sentou, um dos gatos subiu-lhe ao colo. Com um estremecimento, que não lhe era habitual, expulsou-o. O gato caiu ao chão sem ruído, sacudiu-se e afastou-se, impávido, não se dignando a olhar para trás. Pensou, ao observar o gato, se era a única espécie inteligente daquele mundo. E então, com um sorriso oblíquo, pensou que talvez fosse.

Uma vez, havia mais de um ano, mencionara a Famsworth que estava se interessando por música. Era apenas parte da verdade, visto que as melodias e o sistema tonal da música humana sempre lhe tinham sido um pouco desagradáveis. Contudo, interessara-se pela música do ponto de vista histórico, já que sentia um interesse desse tipo por quase todos os aspectos da arte e do folclore humanos — um interesse originado em anos de estudos através da televisão, e continuado ao longo de compridas noites de leitura, ali, na Terra.

Famsworth, após aquele reparo casual, presenteara-o com um sistema de alto-falantes octafónicos profissional — estando vários dos seus componentes baseados em patentes de W. E. Corporation — e com os necessários amplificadores, fontes de som e tudo o mais. Três indivíduos, com o nível de ‘mestre em ciências’ no campo da engenharia eletrônica, tinham montado os componentes no estúdio de Newton. Era um aborrecimento, mas não queria magoar os sentimentos de Famsworth. Haviam inserido todos os controles num painel de latão — Newton teria preferido algo menos científico que latão.

Famsworth também o presenteara com quinhentas gravações, todas feitas nas bolinhas de aço de que a W. E. Corporation detinha as patentes e graças às quais a empresa havia ganho vinte milhões de dólares, no mínimo. Apertava-se um botão e uma bola do tamanho de uma ervilha, caía no lugar certo do cartucho. A sua estrutura molecular era então percorrida por um analisador automático, minúsculo, de movimento vagaroso, e os desenhos eram convertidos nos sons das orquestras, bandas, guitarristas ou vozes.

Newton quase nunca punha música a tocar. Por insistência de Famsworth tentara ouvir algumas sinfonias e quartetos, mas, para ele, não significavam quase nada. Era estranho que esse significado lhe parecesse tão obscuro.

Algumas das outras artes, embora mal representadas e patrocinadas pela televisão de domingo (a mais chata e pretensiosa de todas), tinham conseguido tocá-lo bastante — a escultura e a pintura, em especial.

Talvez visse como os humanos, mas não pudesse ouvir como eles.

Quando chegou ao quarto, meditando sobre gatos e homens resolveu, impulsivamente, escutar música. Pôs uma sinfonia de Haydn que Famsworth lhe dissera que devia ouvir. Um momento depois o som surgia, combativo e nítido e, para si, sem quaisquer consequências lógicas nem estéticas. Era como um americano a ouvir música chinesa.

Preparou gim e bebeu-o tentando seguir os sons. Preparava-se para se instalar no sofá quando, de repente, bateram à porta. Assustado, largou o copo que se quebrou a seus pés.

Pela primeira vez na vida berrou: — Quem é?

Até que ponto se havia tomado humano?

A voz de Betty Jo, com um ar assustado, disse:

— É o Mr. Famsworth outra vez, Tommy. Ele teima em falar contigo. Diz que precisa te encontrar...

A voz de Newton era já mais baixa, mas ainda zangada.

— Diga que não! Não verei ninguém senão amanhã. Não vou falar com ninguém!
Houve um silêncio. Ele olhou para o copo estilhaçado, depois deu um pontapé nos cacos maiores, para debaixo do sofá. Então, Betty Jo respondeu:

— Está bem, Tommy. Eu digo. — Fez uma pausa. — Agora descansa, Tommy. Está ouvindo?

— Tudo bem — replicou. — Vou descansar.

Ouviu os passos dela a se afastarem da porta. Foi até à estante. Não havia mais nenhum copo. Ia começar a chamar por Betty Jo, mas, em vez disso, pegou na garrafa, quase cheia, tirou-lhe a tampa e bebeu no gargalo. Desligou o som — quem poderia esperar que ele compreendesse aquela música? — e depois pôs para tocar uma coletânea de música folclórica, velhas canções, música gullah(*). Pelo menos, havia algo nas palavras daquelas canções que conseguia entender.

Uma voz rica e fatigada brotou dos alto-falantes:

“Sempre que vou à casa de Miss Lulu, o cachorro velho me morde! / Sempre que vou a casa de Miss Lulu, o buldogue me morde...”

Sorriu pensativamente; as palavras pareciam tocar em algo do seu íntimo.

Instalou-se no sofá com a garrafa. Começou a pensar em Nathan Bryce e na conversa daquela tarde.

Desde o primeiro encontro desconfiou que Bryce suspeitava dele; só o fato de insistir na entrevista era uma espécie de desconfiança, embora não intencional. Tinha se assegurado, por meio de investigações dispendiosas, que Bryce não representava ninguém, a não ser ele próprio — que não trabalhava para o FBI, como fizeram pelo menos, dois operários da construção. Mas se Bryce havia suspeitado dele e dos seus objetivos — como Famsworth, com certeza, e várias outras pessoas — por que saiu de casa, da proteção das quatro paredes, para cultivar uma intimidade com aquele homem?

E por que deixou escapar palpites a cerca de si mesmo, falando da guerra e da Segunda Vinda, designando-se por Rumplestiltskin — aquele duendezinho malvado; o estranho, cujo objetivo final era roubar o filho da princesa? A única maneira de derrotar Rumplestiltskin era descobrir sua identidade, dizer o seu nome.

“As vezes sinto-me como uma criança sem mãe / as vezes sinto-me como uma criança sem mãe / Glória, Aleluia!”

E por que Rumplestiltskin teria dado à princesa uma chance de fugir ao combinado? Por que lhe teria concedido um adiamento de três dias para que descobrisse o seu nome? Fora apenas excesso de confiança — quem iria imaginar, ou adivinhar, um nome como aquele? — ou ele querería ser descoberto, apanhado, privado do objetivo de sua magia?

Thomas Jerome Newton, cuja magia e cujas decepções eram maiores que as de qualquer feiticeiro ou duende, em qualquer conto de fadas, por que queria, naquele momento, ser descoberto, apanhado?

“Este homem aparece a rondar-me a porta / Diz que não gosta de mim / Vem. fica de pé à minha porta / Mas diz que não gosta de mim.”

Por que eu desejaria ser descoberto? Pensava Newton com a garrafa na mão.
Olhou para a etiqueta da garrafa, sentindo-se muito tonto. De repente, a gravação acabou. Houve uma pausa, enquanto outra bola ocupava o seu lugar. Ele engoliu um trago longo. Então, dos alto-falantes, uma orquestra explodiu.

Levantou-se fatigadamente e pestanejou. Sentia-se muito fraco, parecia que nunca tinha se sentido tão fraco desde aquele dia, só e doente, num campo por cultivar, no mês de Novembro.
Encaminhou-se para o painel e fez parar a música. Depois ligou o televisor — quem sabe um faroeste...

A grande imagem da garça, na parede mais afastada, começou a desvanecer-se. À medida que sumia, era substituída pela cabeça de um homem bonito, com aquele olhar falsamente grave que é cultivado pelos políticos, curandeiros e evangelistas. Os lábios moviam-se sem ruído, enquanto os olhos estavam fixos. Newton aumentou o volume.

—... dos Estados Unidos como nação livre e independente, devemos preparar-nos para um grande esforço, como homens que somos, com o mundo livre a apoiar-nos, e encarar os desafios, as esperanças e os receios do planeta. Devemos lembrar-nos de que os Estados Unidos, ao contrário do que dizem aqueles que usam fardas, não é uma potência de segunda classe. Devemos nos lembrar da liberdade que conquistamos, devemos...



De súbito, Newton apercebeu-se de que quem falava era o Presidente dos Estados Unidos e que utilizava a linguagem bombástica dos desesperançados. Apertou um botão no controle remoto. Apareceu uma cena passada na cama. Algumas piadas sugestivas e velhas, ditas por um homem e uma mulher, ambos em pijamas. Outra vez o botão, com esperança de encontrar um faroeste. Gostava deles. Mas o que apareceu foi um filme de propaganda, pago pelo governo, a cerca das virtudes dos americanos. Viu imagens de igrejas brancas da Nova Inglaterra, de trabalhadores rurais — havia sempre um negro sorridente — e de bordos. Nos últimos tempos, filmes como aquele apareciam cada vez mais; e, como tantas revistas populares, cada vez mais chauvinistas, mais confinados do que nunca na fantástica mentira de que a América era uma nação temente a Deus, de cidades eficientes, de agricultores saudáveis, de médicos bondosos, de donas de casa empenhadas e de milionários filantrópicos.



— Meu Deus! Meu Deus! Mentirosos! Loucos!...

Voltou ao botão e surgiu-lhe uma cena passada num clube noturno, com música suave. Ficou observando o movimento dos corpos na pista de dança, homens e as mulheres vestidos como pavões, abraçando-se, ao som das melodias.
Acabou com a garrafa de gim e contemplou as mãos que a seguravam, detendo-se nas unhas artificiais, que luziam como moedas translúcidas, à luz bruxuleante do televisor. Assim se manteve vários minutos, como se reparasse nelas pela primeira vez.

A seguir levantou-se e caminhou, tremendo, até um armário. De uma prateleira tirou uma caixa.

No interior da porta do armário havia um espelho de corpo inteiro. Momentaneamente olhou para a sua estrutura alta, muito magra. Depois voltou para o sofá e pousou a caixa na mesa de café, de tampo de mármore, na sua frente. Dela tirou uma garrafinha de plástico. Na mesa havia um cinzeiro em forma de taça, vazio, de porcelana chinesa; presente de Famsworth. Deitou no cinzeiro o líquido da garrafa, pousou-a, e mergulhou as pontas de ambas as mãos no recipiente, como se fosse a tigela de uma manicure. Manteve-as aí, por um minuto, tirando-as depois e batendo as palmas, com força.

As unhas caíram no mármore da mesa.

Suas mãos tinham extremidades macias, pontas flexíveis mas um pouco inflamadas.

Do televisor vinha um som de jazz, insistente.
Foi até à porta da sala e trancou-a. Regressou até junto da caixa, que estava em cima da mesa, e tirou dela uma bola que se assemelhava a algodão, ensopando a bola no líquido. As mãos tremiam. Sabia que estava mais bêbado que nunca.

Aproximou-se do espelho e segurou a bola ensopada contra cada uma das orelhas, até os lóbulos sintéticos caírem. Desabotoando a camisa tirou os mamilos falsos e os falsos pelos do peito, da mesma maneira. Os pelos e os mamilos estavam agarrados a uma folha fina, porosa, e tudo aquilo saiu ao mesmo tempo. Repousou-os na mesa de café. Voltando ao espelho começou a falar na sua própria língua, primeiro baixo e depois alto, recitando um poema que escrevera na sua juventude. Os sons não lhe brotavam da língua com perfeição. Encontrava-se demasiado embriagado ou perdera a capacidade de pronunciar os sons sibilantes dos antheanos. Depois, respirando com dificuldade, sacou da caixa um instrumentozinho parecido com uma pinça e, parado em frente do espelho, retirou, com cuidado, a membrana fina, de plástico colorido, de cada um dos olhos.

Ainda lutando por recitar o poema, pestanejou diante de sua imagem; olhos cujas íris abram na vertical, como a dos gatos.

E começou a chorar. Não soluçava, mas as lágrimas corriam-lhe dos olhos — lágrimas exatamente iguais às dos humanos —, escorregando-lhe pelas faces estreitas. Chorava de desespero.
Falou depois em voz alta, para si mesmo, em inglês.

— Quem é você? De onde veio?

Era o seu corpo que contemplava no espelho; mas não conseguia reconhecê-lo como seu.
Era estranho e assustador.

Foi buscar outra garrafa. A música parara. Um anunciante dizia:

“... sala de baile do Seelbacch Hotel, Louisville, viva Worldcolor, filmes e reveladores para todos, a melhor fotografia...”

Newton não olhou para a tela; estava abrindo a garrafa. Uma voz feminina começou a falar.

“Para guardar as recordações das próximas férias, seus filhos, a festa de Ação de Graças e Natal, não há nada mais encantador que as imagens Worldcolor, cheias de vida...”

Thomas Jerome Newton, jazia bebendo, com a garrafa de gim aberta, os dedos, desprovidos de unhas, a tremer, os olhos semelhantes aos dos gatos, vidrados...




(*) Música própria de um grupo de negros que vivem nas costas da Carolina do Sul e da Geórgia e, em especial, nas ilhas oceânicas próximas. São designados por gullahs. (N. da T.)

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