sábado, 9 de abril de 2016
O Homem que caiu na Terra - Walter Tevis (Parte 02)
II
A peça musical era o Quinteto para clarinete em dó maior, de Mozart. Mesmo antes do allegretto final, Famsworth pressionou o botão dos tons baixos em cada um dos pré-amplificadores e aumentou o volume de leve. Depois se sentou pesadamente na poltrona. Gostava do allegretto com os tons baixos fortalecidos; emprestavam ao clarinete uma ressonância que só por si, parecia ter um significado qualquer.
Olhou pela janela com cortinados que dava para a Quinta Avenida; juntou as pontas dos dedos gordos e atentou para o desenvolvimento da música.
Quando esta terminou e o aparelho desligou sozinho, lançou os olhos na direção da antessala do escritório e viu que seu secretário estava ali de pé, pacientemente à espera.
Viu as horas no relógio de porcelana à mesa e franziu a testa. Depois olhou para ele e perguntou:
— O que é?
— Um tal senhor Newton quer vê-lo.
— Newton? — Não conhecia nenhum Newton que fosse rico. — O que ele quer?
— Não disse, senhor. — Depois ergueu ligeiramente uma sobrancelha. — É um tanto estranho, senhor. E parece muito... importante.
Famsworth pensou por uns segundos e disse então:
— Mande-o entrar.
O secretário tinha razão; o homem era esquisito. Alto, magro, e uma estrutura óssea fina e delicada. Tinha uma pele macia e cara de garoto — mas os olhos eram muito singulares, na medida em que se mostravam frágeis, supersensíveis, mas lhe conferiam um aspecto idoso e prudente e fatigado. O indivíduo envergava um terno cinzento escuro e caro.
Dirigiu-se para uma poltrona e sentou-se, com imenso cuidado, acomodando-se como se transportasse um grande peso.
Olhou depois para Famsworth e sorriu.
— Oliver Famsworth?
— Gostaria de uma bebida, senhor Newton?
— Um copo de água, por favor.
Famsworth encolheu mentalmente os ombros e deu uma ordem ao secretário. Depois que ele saiu, olhou para seu visitante e inclinou-se para a frente, naquela atitude universal que significa: “Vamos direto ao assunto.”
Apesar disso Newton continuou muito aprumado na poltrona, com as suas longas finas mãos cruzadas sobre o colo e disse:
— Julgo que sabe lidar bem com patentes...
Havia um vestígio de sotaque na sua voz e proferia as palavras com demasiada precisão, demasiada formalidade.Famsworth não conseguiu identificar o sotaque.
— Sim — respondeu e, depois, um pouco bruscamente: — Tenho muitas horas de experiência.
Newton pareceu não reparar. Seu tom era cortês, caloroso.
— De fato, julgo que é o melhor indivíduo para tratar de patentes que existe nos Estados Unidos.
— Sim. Sou eficiente.
— Ótimo.
Baixou a mão junto à cadeira e puxou da pasta.
— O que deseja, então? — Famsworth olhou outra vez para o relógio.
— Gostaria de fazer um negócio com você.
O homem alto estava tirando da pasta um envelope.
— Não é demasiado tarde?
Newton tinha aberto o envelope e naquele momento retirava dele um maço fino de notas de dinheiro, preso por um elástico.
— Importa-se de vir pegar? Para mim é difícil andar, por causa das minhas pernas.
Aborrecido Famsworth arrancou-se da poltrona e aproximou-se do homem alto, pegou o maço, regressou à base, e sentou-se.Eram notas de mil dólares.
— São dez — disse Newton.
— Está sendo um tanto melodramático, não? — Meteu o maço no bolso do casaco. — Para que é isto?
— Por esta noite — respondeu Newton. — Cerca de três horas da sua dedicada atenção.
— Mas por que esta noite, por amor de Deus?
O outro encolheu os ombros com espontaneidade.
— Oh, por várias razões. A privacidade é uma delas.
— Posso dedicar-lhe a minha atenção por menos de dez mil dólares.
— Sim. Mas também desejo despertar seu interesse com a... relevância da nossa conversa.
— Bom. — Famsworth recostou-se na poltrona. — Vamos conversar então.
O homem magro pareceu descontrair-se, mas não se recostou.
— Primeiro — indagou — quanto dinheiro o senhor faz em um ano, Sr. Famsworth?
— Não tenho um ordenado.
— Muito bem. Quanto ganhou no ano passado?
— Perfeitamente. Pagou para isso. Cerca de cento e quarenta mil.
— Compreendo. É então rico, no conceito geral?
— Sim.
— Mas gostaria de ser ainda mais?
Aquilo estava ficando ridículo. Era como um programa de televisão de segunda classe. Mas já pagara; e era melhor prosseguir. Tirou um cigarro, de uma cigarreira e disse: — E claro que gostaria de ser mais rico.
Newton inclinou-se só ligeiramente pra frente, daquela vez.
— Muitíssimo mais, Sr. Famsworth? — perguntou sorrindo, começando a apreciar extraordinariamente a situação.
— Sim — replicou, e a seguir: — Um cigarro?
Estendeu a cigarreira ao visitante. Ignorando a oferta, o homem de cabelo cobre disse:
— Posso fazer do senhor um indivíduo muito rico, Sr. Famsworth, se dedicar-se inteiramente nos próximos cinco anos.
Famsworth manteve-se impávido, acendeu o cigarro enquanto a sua mente trabalhava rapidamente, revirando todos os lados daquela entrevista, intrigado com a situação, com a ligeira possibilidade da oferta daquele homem ser razoável. Mas o homem possuía dinheiro. Seria prudente manter a brincadeira por um pouco mais. Seu secretário surgiu trazendo uma bandeja de prata com copos e gelo.
Newton pegou no seu copo com água com cuidado, e segurou-o com uma das mãos, enquanto com a outra tirava uma caixa de aspirinas do bolso, abriu-a com o polegar, e deixou cair um dos comprimidos na água. Este se dissolveu, branco e efervescente. Ergueu o copo e contemplou-o por um momento, e depois começou a beber a água aos golinhos, extremamente devagar.
Famsworth era advogado; tinha os sentidos alerta para os pormenores. Viu imediatamente que havia algo fora do comum na caixa das aspirinas. Tratava-se de um objeto comum, uma caixa para guardar aspirinas das que a Bayer vendia, mas existia algo de errado. E também havia algo de errado na maneira como Newton beberricava a água, devagarinho, com cautela, para não entornar uma gota — como se fosse uma coisa preciosa. E a água turvava-se por causa de uma aspirina; parecia esquisito.
Tinha de experimentar, mais tarde, também com uma aspirina, e ver o que sucedia, quando o homem se retirasse.
Antes do secretário sair, Newton pediu-lhe que entregasse a pasta a Famsworth. Depois tomou um último e carinhoso gole e pousou o copo, ainda quase cheio na mesa a seu lado.
— Tem certas coisas nesta pasta que eu gostaria que lesse.
Famsworth abriu a pasta e encontrou um maço espesso de papéis. O papel, notou logo, tinha um toque esquisito. Embora muitíssimo fino, era duro, se bem que flexível. A folha de cima estava cheia de fórmulas químicas, impressas, com grande nitidez, em tinta azulada. Desfolhou as restantes: diagramas de circuitos, tabelas e desenhos esquemáticos do que parecia ser o equipamento de uma fábrica. Ferramentas e moldes. A primeira vista, algumas fórmulas tinham um aspecto familiar. Ergueu os olhos:
— Eletrônica?
— Sim. Em parte. Está habituado a esse tipo de equipamento?
Famsworth não deu resposta. Se o outro conhecia alguma coisa acerca de si mesmo, saberia que tinha travado meia dúzia de batalhas, mais ou menos, como líder de um grupo de quase quarenta advogados, pela entidade jurídica de uma das maiores associações do mundo no ramo da fabricação de componentes eletrônicos. Começou a ler os papéis...
Newton continuava sentado na poltrona, ereto, observando-o, com o cabelo branco a brilhar à luz do lustre. Sorria. Momentos depois pegou no copo e começou a sorver a água que, durante toda a sua longa vida, fora a coisa mais preciosa que existira na sua terra. Ao beber lentamente e ao observar a leitura de Famsworth, a tensão que tinha sentido, a ansiedade escondida com tanta cautela que aquele gabinete tão estranho, naquele tão estranho mundo, lhe provocara, o receio que aquele humano gordo com suas bochechas enormes, a cabeça de pele esticada e os olhinhos de porco, lhe fizera experimentar começaram a abandoná-lo.
Passaram mais de duas horas antes que Famsworth levantasse a cabeça dos papéis. Durante esse tempo ele bebera três uísques. Os olhos estavam rosados aos cantos. Pestanejou para Newton, mal o vendo, a princípio, e focando-o depois, com os olhinhos esbugalhados.
— Bom?
O homem respirou fundo, baixou a cabeça como se tentasse clarear as ideias. Quando falou a voz era fraca, hesitante, extremamente cautelosa.
— Não compreendo tudo, apenas parte. Não percebo se trata de ótica... ou fotografia. — Olhou para os papéis como se quisesse assegurar-se de que ainda estavam lá. Sou advogado, Sr. Newton. Sou advogado. — E, de repente, a voz ganhou vida, tremendo e forte, o corpo avantajado e os olhinhos atentos, alertas. — Mas conheço eletrônica. E conheço patentes. Acho que compreendo o seu... amplificador e acho que compreendo a sua televisão, e... — fez uma pausa momentânea, pestanejando. — Meu Deus, acho que podem ser fabricados da maneira como diz aqui. — Deixou sair o ar devagarinho. — Parece convincente, Sr. Newton. Acho que vai funcionar.
Newton ainda sorria.
— Vai funcionar. Todos eles.
Famsworth tirou um cigarro e acendeu-o, acalmando-se.
— Tenho que verifica-los. Os metais, os circuitos... — E depois, interrompendo-se subitamente: — Bom Deus, homem, sabe o que significa isso tudo? Tem nove... nove patentes básicas aqui?
Levantou um dos papéis com a mão gorducha. — Só a transmissão de vídeo e o... sabe o que isto significa?
A expressão de Newton não se alterou.
— Sim. Sei o que significa — replicou.
Famsworth inalou devagar o fumo do cigarro.
— Se tiver razão Sr. Newton — anunciou com a voz mais tranquila, se tiver razão, pode ter no bolso a RCA, a Eastman Kodak. Meu Deus, a DuPont. Sabe o que tem aqui?
Newton olhou-o.
— Sei o que tenho aí.
Levou seis horas para chegarem de carro à casa de campo de Famsworth. Newton tentou manter a conversa, durante certo tempo, concentrando-se ao canto do banco de trás da limusine, mas as acelerações do automóvel eram penosas para seu corpo já sobrecarregado pela gravidade, que percebeu que levaria anos para habituar-se àquilo, e foi forçado a dizer ao advogado que estava muito cansado e precisava repousar.
Depois fechou os olhos, permitiu que o encosto acolchoado do assento lhe suportasse o peso, tanto quanto possível, e aguentou o incômodo o melhor que conseguiu.
A atmosfera no interior do carro era demasiado quente também, comparada a temperatura dos dias mais quentes no seu local de origem.
Finalmente, quando saíram dos limites da cidade, a maneira de guiar do motorista tomou-se uniforme e os penosos arranques e as freadas começaram a abrandar.
Olhou várias vezes para Famsworth. O advogado não dormia. Estava sentado com os cotovelos apoiados nos joelhos, a folhear a papelada que Newton lhe entregara, os olhinhos a brilharem com intensidade.
Sua casa era enorme e isolada, numa grande região florestal.
O edifício e as árvores pareciam húmidos, brilhando vagamente à luz acinzentada da manhã, que se assemelhava muito ao meio-dia de Anthea.
Refrescavam lhe os olhos demasiadamente sensíveis.
Apreciava os bosques, o tranquilo significado vital e a humidade lustrosa — a sensação de água e de fecundidade com que aquela terra o inundava, mesmo subjacente aos sons contínuos dos insetos, aos seus gorjeios e trinados. Uma infindável fonte de delícias comparado com o seu próprio mundo, com a secura e o vazio, a ausência de sons nos grandes desertos vazios entre as cidades, onde o único ruído era o sibilar do vento fino e omnipresente, que dava voz à agonia do seu próprio povo moribundo...
Um criado com olhos sonolentos esperava-os à porta.
Famsworth mandou o homem embora, encomendando-lhe café, e depois lhe gritou que devia preparar um quarto para o hóspede e que não atendesse telefonemas durante três dias.
Depois conduziu o antheano à biblioteca.
A sala era grande e decorada ainda de maneira mais dispendiosa do que o gabinete de Nova Iorque.
Famsworth lia como era óbvio, as melhores revistas para homens ricos.
No meio da sala havia uma estátua de uma mulher nua segurando uma lira. Duas das paredes estavam cobertas de estantes e na terceira existia um amplo quadro de uma figura religiosa, que Newton reconheceu como Jesus, pregado a uma cruz de madeira. O rosto da personagem espantou-o por um instante por ser delgado e de olhos perscrutastes.
Poderia bem ser o rosto de um antheano.
Depois olhou para Famsworth, que estava então mais composto, recostava-se na sua poltrona, com as mãozinhas sobre a barriga, contemplando seu hóspede. Os dois pares de olhos encontraram-se, por um embaraçoso momento, e o advogado desviou os seus.
Depois voltou a olhar para ele e disse calmamente:
— Bom, Sr. Newton, quais são os seus planos?
Newton sorriu.
— Muito simples. Quero ganhar tanto dinheiro quanto possível. O mais depressa possível.
No rosto do advogado não se via qualquer expressão, mas a voz era singular: — A sua simplicidade é elegante, Sr. Newton. Quanto tem em mente?
Newton olhou distraidamente para os caros objetos artísticos.
— Quanto poderíamos ganhar em cinco anos?
Famsworth fitou-o, por momentos e levantou-se. Arrastou os pés, com ar cansado, até à estante e começou a rodar uns botõezinhos até que alto-falantes escondidos na sala começaram a transmitir música de violino. Newton não reconheceu a melodia; mas era repousante e elaborada. Então, ajustando os botões, Famsworth respondeu:
— Depende de duas coisas.
— Quais?
— Primeiro, até que ponto quer fazer jogo limpo.
— Completamente limpo — replicou. — Tudo dentro da legalidade.
— Compreendo — Famsworth não conseguia ajustar o controle dos agudos, de maneira que o satisfizesse.
— Bom, em segundo lugar: qual vai ser o meu quinhão?
— Dez por cento dos lucros líquidos. Cinco por cento das ações de todas as empresas incorporadas.
Abruptamente, Famsworth afastou os dedos dos controles dos amplificadores. Voltou com lentidão para a sua poltrona. Depois esboçou um sorriso.
— Muito bem, Sr. Newton. Acho que posso arranjar-lhe um lucro líquido de... três centenas de milhões de dólares, em cinco anos.
Newton pensou um pouco. E acabou por dizer:
— Não é o bastante.
Famsworth olhou para ele com as sobrancelhas erguidas antes de indagar:
— Não é o bastante para quê, Sr. Newton?
Os olhos deste endureceram.
— Para um... projeto de pesquisa. Muito caro. Suponha — explicou o homem alto — que eu possa lhe dar um processo de refino de petróleo, cerca de quinze por cento mais eficiente do que qualquer um hoje utilizado. Isso faria seu cálculo chegar a cinco centenas de milhões?
— O seu... processo, poderia estar a funcionar no espaço de um ano?
— Dentro de um ano estaríamos batendo a Standard Oil Company, à qual, creio, poderíamos comprar.
Famsworth estava outra vez petrificado. Acabou por dizer:
— Vamos começar a tratar dos papéis amanhã.
— Ótimo — Newton ergueu-se, com dificuldade da poltrona. — Podemos então tratar dos arranjos mais pormenorizadamente. Na realidade, só há duas considerações importantes: que o dinheiro seja obtido com honestidade e que não me obrigue a ter muitos contatos com outras pessoas.
O quarto era no andar de cima e por momentos, julgou não ser capaz de subir as escadas. Mas subiu, um degrau de cada vez, com Famsworth calado a seu lado. Depois de lhe mostrar o quarto, o advogado comentou:
— É um homem incomum, Sr. Newton. Importa-se se eu lhe perguntar onde nasceu?
A pergunta apanhou-o completamente de surpresa, mas manteve a compostura.
— Não me importo. Sou de Kentucky.
As sobrancelhas do advogado subiram ligeiramente.
— Compreendo — replicou.
Depois se virou e encaminhou-se pesadamente para o vestíbulo.
O quarto tinha um teto alto e uma mobília ornamentada.
Descobriu um televisor inserido na parede, de tal forma que podia ver-se da cama. Sorriu fatigado — teria que ver sua recepção comparada com a de Anthea. Seria divertido rever certos programas. Sempre gostara dos faroestes embora fossem os programas de perguntas e respostas e os ‘educativos’ de domingo, que tinham fornecido ao seu pessoal em Anthea, a maior parte das informações que ele decorara. Não via um programa de televisão havia... quanto tempo durara a viagem?... Quatro meses.
E permanecera dois meses na Terra depois disso — providenciando dinheiro, estudando os micróbios das doenças, a comida e a água, aperfeiçoando seu sotaque, lendo jornais e preparando-se para a arriscada entrevista com Famsworth.
Observou pela janela a luz mais brilhante da manhã, no pálido céu azul. Em algum ponto no firmamento, talvez mesmo para onde olhava agora, ficava Anthea. Um lugar frio, mas do qual sentia saudades; onde se encontravam pessoas a quem amava, pessoas a quem não veria durante um tempo muito longo... Mas voltaria um dia a vê-las.
Puxou as cortinas e devagar acomodou o corpo cansado e dolorido na cama. Parecia que toda a excitação se escoara; sentia-se plácido e calmo. Adormeceu em poucos minutos.
Depois do meio-dia a luz do Sol despertou-o, e embora o seu resplendor lhe ferisse os olhos — pois as cortinas eram translúcidas —, sentiu-se repousado e bem-disposto. Devia ser, talvez, da cama macia, comparada com as dos hotéis obscuros onde se hospedara antes, talvez do alívio dado ao sucesso da noite anterior. Ficou na cama a pensar por uns minutos.
No banheiro havia uma máquina de barbear elétrica, além de sabonete, uma luva de banho e toalhas.
Sorriu.
Os antheanos não tinham barba.
Abriu a torneira e observou fascinado, como sempre, ao ver a água a correr. Depois lavou o rosto, sem usar do sabonete, pois irritava sua pele, mas utilizando um creme tirado de um frasco que trouxera na pasta. A seguir tomou os comprimidos do costume, mudou de roupa e desceu para começar a ganhar meio bilhão de dólares...
Nessa noite, após seis horas de conversa e planos, permaneceu muito tempo na varanda do quarto, desfrutando o ar fresco e olhando o céu negro.
As estrelas e os planetas pareciam incomuns na pesada atmosfera, e gostava de observar suas posições invulgares. Mas pouco sabia de astronomia, excetuando a Ursa Maior e meia dúzia de constelações menos importantes.
Por fim voltou para dentro do quarto.
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