sábado, 18 de abril de 2015

INTERSTELLAR - Greg Keyes (prólogo)


Primeiro vem a escuridão, o murmúrio abafado constante do vento através das frágeis folhas.


E em seguida, uma voz de mulher, trêmula pela idade.

– Claro – diz ela. – Meu pai era fazendeiro na época.


Em seguida, a escuridão se foi, e tudo é verde, o vento agita as borlas do milho novo, sacudindo os talos como se em algum lugar uma tempestade estivesse a enviar um aviso prévio.

– Como todo mundo naquela época – a mulher continua o monólogo, visível contra um fundo escuro. As linhas de riso e tristeza gravadas em seu rosto, um mapa em relevo de uma longa vida.
– É claro – diz ela – ele não começou dessa forma.

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