sábado, 23 de janeiro de 2016
Don't Look Now - Daphne du Maurier (Parte 3)
A primeira coisa que John fez pela manhã foi requisitar uma ligação telefônica para o diretor da escola preparatória e avisou da sua partida para o gerente na recepção.
Fizeram as malas enquanto aguardavam a ligação.
Nenhum deles se referiu aos acontecimentos do dia anterior, o que não era necessário. John sabia que a chegada do telegrama e o pressentimento de perigo dito pelas irmãs fora coincidência, nada mais, mas era inútil iniciar uma discussão sobre isso. Laura estava convencida, mas sabia que era melhor manter seus sentimentos para si mesma.
Durante o café da manhã discutiriam formas e meios de chegar em casa. Deveria ser possível conseguir lugar para o carro no trem especial que ia de Milão até Calais, uma vez que era início da temporada. De qualquer forma o diretor havia dito que não havia urgência.
A ligação para a Inglaterra veio enquanto John estava no banheiro e Laura atendeu. Ele entrou no quarto alguns minutos depois. Ela ainda estava falando, mas ele poderia dizer a partir da expressão em seus olhos que estava ansiosa.
Miss Hill relatou que Johnnie tinha tido uma noite agitada no hospital e o cirurgião poderia ter que operar, mas a menos que fosse absolutamente necessário. Tiraram um raio-X e o apêndice estava em uma posição complicada, não seria simples.
— Aqui, dê para mim! — Disse John.
A voz suave, mas um pouco tímida da esposa do diretor veio pelo receptor.
— Eu sinto muito estragar seus planos — disse ela — mas Charles e eu sentimos que deveriamos avisá-los, e que o pequeno pode se sentir um pouco melhor se vocês estiverem por perto. Johnnie é muito corajoso, mas é claro, ele tem febre. Isso não é incomum, o cirurgião disse que é esperado nas circunstâncias em que se encontra. Às vezes um apêndice pode se deslocar ao que parece, e isso torna tudo mais complicado. Ele vai decidir sobre a operação esta noite.
— Sim, claro, nós entendemos plenamente.
— Por favor, diga a sua esposa para não se preocupar. O hospital é excelente, uma equipe muito boa, e temos toda a confiança no cirurgião.
— Sim, sim.
Então interrompeu porque Laura estava fazendo gestos ao lado dele.
— Se não conseguirmos vaga para o carro no trem, eu posso ir de avião — disse ela. – Eles com certeza encontrarão um assento. E pelo menos um de nós estará lá esta noite.
Ele assentiu com a cabeça.
— Muito obrigado senhora Hill. Nós vamos conseguir voltar à tempo, tenho certeza que Johnnie está em boas mãos. Agradeça ao seu marido por nós. Adeus.
Desligou o telefone e olhou à sua volta para as camas desarrumadas, malas no chão, lenços de papel espalhados. Cestas, mapas, livros, casacos, tudo o que tinham trazido com eles do carro.
— Deus — disse ele — que maldita confusão! Que bagunça!
O telefone tocou novamente. Era o porteiro dizendo ter conseguido reservar um lugar no trem especial para eles na noite seguinte.
— Olhe — disse Laura que havia tomado o telefone — você consegue um assento no avião do meio-dia, de Veneza para Londres? É imperativo que um de nós esteja em casa esta noite. Meu marido poderá ir depois.
— Espere! — Interrompeu John. — Não há necessidade de pânico. Certamente vinte e quatro horas não fará diferença.
Ansiedade drenara a cor de seu rosto. Ela se virou para ele.
— Talvez não para você. Eu perdi uma filha, e não vou perder outro.
— Tudo bem, querida, tudo bem...
Colocou a mão no braço dela, mas ela afastou-se com impaciência e continuou dando instruções pelo telefone. John voltou-se para sua mala. Não adiantava dizer nada. Melhor para ele seria agir como ela queria. Poderiam, é claro, pegar o avião, e então, quando tudo estivesse bem, e Johnnie restabelecido, voltar e buscar seu carro, dirigindo para casa através da França como haviam feito até Veneza. Seria uma senhora despesa, mas seria melhor do que Laura ir pelo ar e ele com o carro no trem de Milão.
— Podemos se quiser, ir de avião — ele começou timidamente explicando a ideia repentina.
Ela não queria ouvir.
— Isso realmente seria um absurdo — disse impaciente. — Estarei lá esta noite, e você segue de trem, é o que importa. Além disso, vamos precisar do carro no caso de ir de casa para o hospital. E nossa bagagem? Nós não poderíamos sair e apenas deixar tudo isso aqui.
Não. Ideia boba. Fora apenas... Bem, ele estava tão preocupado com Johnnie quanto ela, embora não o revelasse.
— Vou descer para falar com o porteiro — disse Laura. — Eles sempre são mais eficientes com a gente do lado. Tudo o que eu quero é fazer a minha mala. Só precisarei dela. Você pode depois levar todo o resto de carro.
Ela não tinha saído do quarto cinco minutos quando o telefone tocou. Era Laura.
— Querido, não poderia ser melhor! Conseguiram um vôo charter que sai de Veneza em menos de uma hora. A lancha especial sai direto de San Marco em cerca de dez minutos. Alguns passageiros cancelaram. Estarei em Gatwick em menos de quatro horas.
— Vou descer imediatamente — disse e foi juntar-se a ela na recepção.
Já não parecia ansiosa, mas cheia de propósito. Estava a caminho de casa. Ele continuou desejando que pudessem partir juntos. Não podia suportar a ideia de ficar em Veneza, depois que ela se fosse, e o pensamento de dirigir até Milão, passar uma noite triste no hotel, sozinho, o dia arrastando-se interminável, as longas horas no trem na noite seguinte, encheu-o de depressão, independentemente da vontade de estar logo com Johnnie.
Caminharam para San Marco, o brilhante Molo depois da chuva, um pouco de brisa soprando, os cartões postais e cachecóis e lembranças turísticas tremulando nas barracas, os próprios turistas passeando contentes, como fora para eles um dia antes.
— Vou ligar pra você de Milão — disse para ela. — Os Hills irão conseguir-lhe uma cama, eu suponho. E quando você estiver no hospital, vão me dar notícias. Faz parte do contrato. Você é bem-vinda para eles.
Os passageiros desciam do pátio para o estágio abaixo carregando bagagens de mão com a Union Jack estampada nelas. Em sua maioria pessoas de meia-idade, e o que parecia serem dois ministros metodistas guiando o grupo. Um deles avançou em direção a Laura, estendendo a mão, mostrando uma fileira brilhante de dentes quando sorriu.
— Você deve ser a senhora que irá se juntar a nós para o vôo de volta. Seja bem-vinda a bordo e à Irmandade. Estamos todos muito satisfeitos em conhecê-la. Desculpe-me por não ter um lugar para seu marido também.
Laura virou-se rapidamente e beijou John com um tremor no canto de sua boca.
— Você acha que eles vão cantar hinos no avião? — Ela sussurrou. — Cuide-se, benzinho. Ligue para mim esta noite.
O piloto fez soar a buzina e no momento seguinte Laura descia os degraus para a lancha, ficando de pé entre a multidão de passageiros, acenando com a mão, seu casaco caro sobressaindo entre os mais sóbrios de seus companheiros.
Ele afastou-se da borda de atracação e ficou assistindo com um sentimento de imensa perda enchendo seu coração. Então se virou e voltou ao hotel.
Não havia nada, pensou enquanto olhava o quarto do hotel, tão melancólico como um quarto desocupado, especialmente quando os sinais recentes de ocupação ainda eram visíveis. As malas de Laura sobre a cama, traços de pó sobre a penteadeira. Um lenço de papel com uma mancha de batom, jogado no cesto dos papéis. Mesmo um velho tubo de pasta de dente espremido, deitado na prateleira de vidro acima do lavatório. Sons do tráfego vindo do Grande Canal através da janela aberta, mas
Laura não estava mais lá para ouvi-los, ou assistir da pequena varanda.
O prazer tinha ido embora. O sentimento também.
John terminou a arrumação, deixando toda a bagagem pronta para ser recolhida e desceu para pagar a conta. O funcionário da recepção dava boas-vindas a recém-chegados.
As pessoas estavam sentadas no terraço com vista para o Grande Canal lendo jornais, um dia agradável esperando para ser explorado.
Decidiu almoçar cedo no terraço do hotel, em um local familiar, e em seguida o porteiro levaria suas bagagens para uma das balsas que fazia a travessia entre San Marco e Porta Roma, onde seu carro esperava guardado na garagem.
O garçom, seu amigo especial, deixara o serviço, e a mesa onde geralmente se sentava estava ocupada por recém-chegados, um casal em lua de mel, disse a si mesmo com azedume, observando a alegria, os sorrisos, enquanto sentado em uma pequena mesa para duas pessoas, por trás de um vaso de flores.
Ela está voando a esta altura, a caminho de casa. Tentou imaginar Laura sentada entre os ministros metodistas, contando-lhes sobre Johnnie doente no hospital, e Deus sabe o que mais.
As irmãs gêmeas podiam ficar sossegadas, agora que seus desejos tinham sido realizados.
O almoço acabou sem tempo para uma xícara de café no terraço. Seu desejo era fugir o mais rapidamente possível, buscar o carro, e seguir sem parar até Milão.
Despediu-se do gerente na recepção e acompanhado por um porteiro que havia trazido sua bagagem num carrinho com rodas, foi mais uma vez até o cais de embarque em San Marco. Assim que entrou na balsa a vapor, com sua bagagem amontoada ao lado dele, e uma multidão de pessoas se acotovelando ao seu redor, sentiu uma pontada momentânea de tristeza por estar deixando Veneza.
Quando viria até ali de novo? No próximo ano... Em três anos...
Lembrou-se da primeira vez em lua de mel, há quase dez anos, e em seguida uma segunda visita rápida antes de um cruzeiro, e agora estes últimos dez dias que terminaram tão abruptamente.
O sol brilhava na água, turistas de óculos escuros desfilavam para cima e para baixo, o Molo e o terraço de seu hotel ficaram fora de vista, o ferry abrindo seu caminho pelo Grande Canal.
Tantas coisas para guardar. Amava as fachadas, varandas, janelas, a água batendo nas escadas de palácios decadentes, a pequena casa vermelha onde d'Annunzio viveu com o seu jardim, e muito em breve a balsa teria virado à esquerda na rota para a Piazzale Roma, e perderia a melhor visão do canal, o Rialto, os novos palácios.
Outra balsa estava passando por eles no sentido contrário, repleta de passageiros, e por um breve momento ele desejou poder trocar de lugar, estar entre os turistas felizes com destino a Veneza, e tudo o que ele tinha deixado atrás de si.
Então ele a viu.
Laura e as irmãs gêmeas ao seu lado, e Laura, ela... seu rosto uma expressão de angústia.
Ele olhou surpreendido, espantado demais para gritar, para acenar, e mesmo que o fizesse, nunca teriam ouvido ou visto, pois sua balsa já tinha passado e elas estavam indo na direção oposta.
Que diabo tinha acontecido? Deveria ter havido um problema com o voo charter que nunca decolou, mas, nesse caso, por que Laura não lhe telefonou no hotel? E o que essas malditas irmãs estavam fazendo com ela? Teria ela encontrado-as no aeroporto? Coincidência? E por que ela estava tão abalada? Nãopodia pensar em nenhuma explicação. Talvez o voo tivesse sido cancelado. Laura, é claro, voltava para o hotel, esperando encontrá-lo lá, de seguir com ele para Milão e pegar o trem na noite seguinte. Que confusão! A única coisa a fazer era telefonar para o hotel imediatamente assim que sua balsa chegasse à Piazzale Roma e dizer-lhe para esperar, que ele iria voltar e buscá-la.
A debandada de costume se seguiu quando a balsa chegou a plataforma.
Tinha que encontrar um carregador para levar sua bagagem e, em seguida, achar um telefone. Providenciar trocados e encontrar o número atrasou-o ainda mais. Quando finalmente conseguiu, felizmente o funcionário da recepção que conhecia ainda estava trabalhando.
— Olhe, aconteceu uma confusão terrível — começou a dizer, e explicou como Laura estava à caminho do hotel, e que a vira com duas amigas em um dos ferrys. Será que o funcionário poderia dizer-lhe para esperar?
— Em qualquer caso, diga para que espere. Vou o mais rápido que puder.
O funcionário entendeu perfeitamente e John desligou.
Graças a Deus, Laura não tinha aparecido antes dele ter conseguido ligar, pois teriam dito a ela que ele estava a caminho de Milão. O carregador estava esperando com a sua bagagem, e pareceu mais simples andar com ele até a garagem, entregar tudo para o cara no escritório e pedir-lhe para guardá-la por uma hora, quando deveria estar voltando com sua esposa para pegar o carro.
Em seguida voltou para a estação de desembarque para esperar o próximo ferry para Veneza. Os minutos se arrastavam e ele ficava imaginando o que dera errado no aeroporto e por que Laura não tinha telefonado. Não adianta conjecturar. Ela iria contar-lhe toda a história no hotel. Uma coisa era certa: não permitiria que Laura e ele próprio encontrassem novamente as irmãs, e que se metessem com seus assuntos. Ele podia imaginar Laura dizendo que elas também tinham perdido o voo, e se poderiam ir juntos para Milão?
Finalmente o ferry atracou e ele pisou a bordo. Um anticlímax, rever as paisagens familiares que ele tinha se despedido nostálgico, pouco tempo atrás! Nem sequer olhou para elas desta vez, tão decidido que estava de chegar ao seu destino. Em San Marco havia mais pessoas do que nunca, multidões andando lado a lado.
Quando chegou ao hotel e empurrou a porta de balanço, esperava ver Laura e, possivelmente, as irmãs, esperando na sala à esquerda da entrada. Ela não estava lá. Foi até o balcão. O funcionário da recepção com que ele tinha falado ao telefone estava ali de pé, conversando com o gerente.
— Minha esposa chegou? — John perguntou.
— Não, senhor, ainda não.
— Que estranho. Tem certeza?
— Absolutamente certo, senhor. Eu estive aqui desde que me telefonou às quinze para as duas. Não deixei a mesa.
— Eu não entendo. Ela estava em um dos vaporettos que passam pela Accademia. Ela teria desembarcado em San Marco cerca de cinco minutos depois e viria para cá.
O funcionário parecia perplexo. — Não sei o que dizer. A signora estava com amigas, foi o que o senhor disse?
— Sim. Não exatamente amigas, mas conhecidas. Duas senhoras que conhecemos em Torcello ontem. Fiquei espantado ao vê-la no vaporetto, e, claro, assumi que o voo tinha sido cancelado, e que tinha de alguma maneira encontrado-as no aeroporto e decidiu voltar para cá, para me pegar antes de eu saisse.
Oh inferno, o que estava fazendo Laura?
— Talvez a signora ficou com suas amigas. O senhor sabe onde elas estão hospedadas?
— Não. — Disse John. — Eu não tenho a menor idéia. Além do mais, eu nem sei os nomes das duas senhoras. Eles eram irmãs gêmeas. Mas por que ir para o hotel delas e não para aqui?
A porta vai-e-vem se abriu, mas não era Laura. Dois hóspedes.
O gerente invadiu a conversa. – Vou dizer o que farei. Telefonarei para o aeroporto e verificarei o voo. — Sorriu como se desculpando.
— Sim, faça isso. Podemos descobrir o que aconteceu lá.
Acendeu um cigarro e começou a andar para cima e para baixo do hall de entrada. Uma maldita confusão tudo aquilo!
O gerente já falava ao telefone, mas seu italiano era muito rápido para John acompanhar a conversa. Finalmente, desligou.
— A situação ficou ainda mais misteriosa — disse ele. — O voo charter não foi adiado, decolou no horário com todos os passageiros. Não houve problemas. A signora deve simplesmente ter mudado de ideia. — Seu sorriso era mais de desculpas do que nunca.
— Mudou de ideia — John repetiu. — Mas por que diabos ela faria isso? Ela estava ansiosa para estar em casa hoje à noite.
O gerente deu de ombros. – O senhor sabe como são as mulheres, senhor. Sua esposa pode ter pensado que depois de tudo ela preferiria pegar o trem para Milão. Eu garanto que a reserva foi feita corretamente e era um avião Caravelle, perfeitamente seguro.
— Sim, sim — disse John impaciente. — Não o culpo. Eu simplesmente não consigo entender o que a induziu a mudar de ideia, a menos que estas duas senhoras tenham convencido-a.
O gerente estava em silêncio. Não conseguia pensar em nada para dizer. O funcionário da recepção parecia igualmente preocupado. — É possível — ele se aventurou — que não fosse a signora que viu no vaporetto?
— Oh, não, era minha esposa, eu lhe garanto. Eu a vi tão claramente quanto posso ver você. Eu poderia jurar em um tribunal.
— É lamentável — disse o gerente — não sabermos o nome das duas senhoras, ou o hotel onde estavam hospedadas. Disse que encontrou estas senhoras no Torcello ontem?
— Sim ... Mas apenas brevemente. Não tenho certeza se estavam hospedadas por lá. As vimos no jantar em Veneza depois.
Hóspedes chegaram com a bagagem para o check-in e o funcionário foi obrigado a atendê-los. John se virou em desespero para o gerente.
— Você acha que seria bom telefonarmos para Torcello, caso as pessoas de lá saibam o nome das senhoras, ou onde estavam hospedados em Veneza?
— Podemos tentar — respondeu o gerente. — É pequena a probabilidade de conseguirmos, mas podemos tentar.
John retomou seu ritmo ansioso, o tempo todo acompanhando a porta de vai-e-vem, esperando, orando, para ver o casaco vermelho de Laura.
Mais uma vez, seguiu-se o que parecia uma interminável conversa telefônica entre o gerente e alguém em Torcello.
— Diga-lhes que são duas irmãs — disse John — duas senhoras idosas vestidas de cinza, e uma senhora era cega.
O gerente concordou. Ele estava dando uma descrição detalhada. No entanto, quando desligou,
balançou a cabeça. O gerente do hotel disse que se lembra bem das duas senhoras, mas elas foram lá apenas para o almoço. Não sabe seus nomes.
— Bem, então não há nada a fazer senão esperar.
John acendeu o terceiro cigarro e saiu para o terraço. Olhou para o canal, buscando as cabeças das pessoas em navios que passavam, barcos a motor, mesmo gôndolas.
Os minutos passaram em seu relógio, e não havia nenhum sinal de Laura.
Um terrível pressentimento importunava-o, de que tudo fora premeditado, que Laura nunca teve a intenção de pegar o avião, que ontem à noite no restaurante ela tinha se encontrado com as irmãs. Oh Deus, pensou, isso é impossível, estou paranóico.
No entanto, por que, por quê? Não, o encontro no aeroporto fora fortuito, e algum motivo incrível tinha persuadido Laura a não embarcar no avião, uma de suas visões psíquicas, que a aeronave cairia, e que ela deveria retornar com elas para Veneza. E Laura, em seu estado de extrema sensibilidade, sentiu que deviam estar certas e engoliu tudo sem questionar.
Mas por que ela não voltou para o hotel? O que estaria fazendo?
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